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Revela no sorriso a imagem de uma criança; uma foto da infância. Um livro, velho e surrado, lido sob a sombra de uma palmeira; devaneia. Os céus exibem sua cor favorita, o dia tem perfume com notas de maresia; até parece utopia. Lábios cerrados ocultam maviosa história; já esculpida na memória. Uma anedota abre a veneziana, alegria vai iluminando o ambiente; gradativamente. Então, tudo fica ensolarado, a orquestra da natureza toca sua nona sinfonia. Guardada no baú, ficou a saudade daquele belo dia. O Poeta Amador.
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(o tornado levou o título também) Passas como um tornado impiedoso, Paredes quebradas num som estrondoso. Ao longe, majestosa beleza, De perto, cortante tristeza. Água e óleo, sentimento e razão Homogêneos no vórtice desta paixão. Uma chuva ocular, um dia frio E uma casa cheia, apenas com teu vazio. O Poeta Amador.
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Moça Poesia Declama sentimentos em versos Exala raciocínios complexos A conclusão converte-se em suspense Enquanto abre mais um parêntese. Sentimentos quando tempestuam além do normal Olhos desaguam numa chuva torrencial Ainda assim, leva a vida sempre com alegria Veste um sorriso no rosto e caminha, a moça poesia. O Poeta Amador.
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Quando da tua alma um sorriso aflora,  como mágica, meu dia melhora. O Poeta Amador.
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Memórias esvaem-se no fluxo contínuo deste rio chamado Tempo. Até coisas importantes evaporam-se do pensamento. Não sei quem sou ou como vim parar aqui. Desconheço meu passado; o que será de mim? Avante. Distante. Sem rumo, mas constante. Tal rio deságua num mar de lembranças. Como será que foi a minha infância? Fragmentos de memória impregnados no pensamento. Sorrisos. Olhares. Perfume. Beijos lançados ao vento. Não me esqueço do teu jeito de andar. Justo eu, que nunca fui bom em lembrar. O Poeta Amador.
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Olho nos teus olhos, um universo inexplorado. Galáxias expandem-se no infinito cósmico da tua íris. De repente, pego-me viajando por lugares outrora desconhecidos. O fôlego parece esvair-se de mim, será que fui longe demais? Só mais um pouco, insisto. Prossigo viagem, deslumbrado por cada minúcia que traz a lume tua perfeição. Quando, abruptamente, sou trazido de volta à lucidez; corado de vergonha, disfarço o olhar para um lugar qualquer, levanto-me e vou embora. Porém, jamais esquecerei-me dos poucos segundos que fui o astronauta desbravador da infinitude do mais belo olhar. O Poeta Amador.
... e quando a gente se reencontrar vou contemplar o adormecer de uma saudade, outrora constante, rogando silêncio aos ponteiros do relógio que insistem em tentar despertá-la. O Poeta Amandor.